Nasci em Santos e morei a maior parte da minha vida em Mongaguá. Falar sobre a cidade que passei tantos anos merece um post único. Mas eu queria mesmo falar sobre minha vida nos últimos dois anos, aqui no Guarujá.

Cheguei aqui com a alma às avessas, lembro-me de ter chorado com o sentimento de estar sozinha. Não, eu não estava, era só a metamorfose da lagartinha aqui para aprender a voar.
Esse final de semana fui a praça das Brunellas sozinha. Uma pracinha simples, com alguns bares, um café, em frente a praia. Toda vez que passava lá pensava: ainda vou levar um amor pra curtir aqui. Não teve amor, teve eu querendo me fazer feliz. Paguei 26 reais em uma cerveja e o couvert da música ao vivo. Me dei esse luxo. Aliás, se você for meu amigo, eu adoraria te levar lá.
Pois bem. Saindo da balsa de Santos e chegando no Guarujá, eu já sei o caminho para chegar na minha casa. Siga a avenida do Ferry Boat até uma entrada à direita, você estará na Puglisi. Mantenha-se à direita para virar na rua das Casas Bahia, e depois vire duas vezes à esquerda até pegar o caminho que leva até a Enseada. Daí em diante é só seguir reto e chegar na rua da minha casa.
Às vezes vou ao shopping, vou caminhar na praia, vou à casa do meu irmão, onde minha mãe também mora lá. Alguns lugares que saio pra comer são de lei. Todos os passeios à beira da praia são revigorantes. É engraçado olhar para minha trajetória e dizer que chorei e agora estou bem. Quem sofreu pode ser feliz, quem caiu pode se levantar. Como diz meu amado mestre, as pessoas que mais sofrem nessa vida serão as mais felizes. Eu ouvi um amém? rs
Eu já vivi coisas incríveis aqui. Festas, comida(não abro mão de comer bem), passeios, momentos compartilhados… E sei que tenho muito mais pra viver. É estranho falar da cidade que eu amei desde os cinco anos, porém sinto que a minha cidade hoje é o Guarujá. Alguma coisa acontece no meu coração e talvez não seja somente a cidade por si, mas talvez meu jeito de olhar pra ela.
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