Túmulo dos Vagalumes

Feito os vagalumes que guiaram a Setsuko, fui conduzida a ver esse filme. Filmes sobre guerras costumam ser tristes, por isso resisti. Mas hoje, dei mais uma oportunidade para “Túmulo dos Vagalumes”. 

Seita é um inabalável menino em meio à calamidade da guerra. Sempre protegendo a sua irmãzinha, fazendo de tudo para alegrá-la no período terrível que acontece no Japão. Logo no início do filme, eles perdem a mãe e mais adiante o pai. 

A fome é uma das coisas que eles passam, a comida é limitada e vai acabando ao decorrer do filme. Eles, como eu, adoram um gohan, comida típica da região oriental. Não quero dar spoiler, mas Seita procura formas de sobreviver até que consegue um dinheiro no banco, para alimentar-se e alimentar a sua irmã. Mas um infortúnio acontece nesse processo. 

Como se o filme não bastasse, o que me deixa mais depressiva ainda é saber quantas Setsuko existem em Gaza, por exemplo. Quantas pessoas não lutam pela sobrevivência, passam a tristeza de perder entes queridos, lutam por mantimentos. O que me dói mais é pensar que não é só um filme, é algo que nos faz refletir.

Nem a ONU, criada inicialmente para isso, consegue impedir tanta barbárie. Pensar sobre guerras, o que acontece no mundo, é um caminho para a depressão. Mas é difícil não pensar nisso. 

Setsuko fala no meio do filme: “Por que os vagalumes morrem tão rápido?”, talvez mostrando o descontentamento logo na sua infância sobre a vida. 

O que nos resta é esperar que a luz, como a dos vagalumes, nos encontre mesmo nos infortúnios da vida. 

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